Servidores do CNP participam de oficina sobre o trabalho com Libras
Nesta quarta-feira, 27, professores e técnicos do Campus Novo Paraíso do Instituto Federal de Roraima (CNP-IFRR) participaram de uma oficina sobre a Língua Brasileira de Sinais (Libras), ministrada pela professora Anazita Lopes.
O objetivo da atividade, conforme a palestrante, foi conscientizar os participantes da importância de trabalhar esse tipo de linguagem no ambiente educacional. “O que acontece é que geralmente as famílias trabalham com crianças com alguma deficiência auditiva uma linguagem mais própria de casa (linguagem materna), e, quando essa criança chega à escola, não tem um conhecimento da linguagem de sinais oficial.
Então, a escola trabalhando, não só com os alunos surdos mas também com toda a comunidade escolar, como estamos fazendo aqui hoje, essa língua será circular para que o aluno surdo possa se alfabetizar na língua materna, que é a Língua Brasileira de
Sinais”, explicou Anazita.
A professora lembra que é importante que toda a comunidade escolar seja flexível para favorecer o aprendizado. No caso do Campus Novo Paraíso, já tinha sido realizada uma oficina sobre o tema. A desta quarta, 27, foi a segunda e, na próxima quarta-feira, dia 3 de abril, será a terceira, desta vez com a participação dos alunos do Campus Novo Paraíso.
Libras – De acordo com a literatura, a Língua Brasileira de Sinais se mistura com a história dos surdos no Brasil, pois, até o século 15, os surdos eram mundialmente considerados pessoas que não podiam ser educadas (alfabetizadas, no conceito escolar). Esse conceito começou a mudar no século 16, a partir da Europa, onde essa ideia foi sendo deixada de lado, dando início à luta pela educação dos
surdos, que teve forte atuação de um surdo francês chamado Eduard Huet.
Em 1857, Huet veio ao Brasil, a convite de D. Pedro II, para fundar a primeira escola para surdos do País, chamada na época de Imperial Instituto de Surdos Mudos.
Com o passar do tempo, o termo “surdo-mudo” saiu de uso por ser considerado incorreto, mas a escola seguiu forte e funciona até hoje com o nome de Instituto Nacional de Educação de Surdos – o famoso Ines.
A Libras foi criada, então, junto com o Ines, a partir de uma mistura entre a Língua Francesa de Sinais e os gestos já utilizados pelos surdos brasileiros. Em 1993, uma nova batalha começou, com um projeto de lei que buscava regulamentar o idioma no Brasil. Quase dez anos depois, em 2002, a Língua Brasileira de Sinais oi finalmente reconhecida como uma língua oficial do Brasil (fonte: http://blog.handtalk.me/historia-lingua-de-sinais/ ).
Edjane Matias
Foto: Márcio Patrício
CCS/Campus Novo Paraíso
27/3/2019