Dirigentes da Rede Federal têm encontro com o presidente Lula, em Brasília

por Gildo Sousa dos Santos Junior publicado 20/01/2023 12h40, última modificação 20/01/2023 12h39
“O encontro com vocês [reitores] é um encontro com a civilização”. Foi dessa maneira que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, recepcionou os dirigentes das Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica na reunião desta quinta-feira, em Brasília.

“O encontro com vocês [reitores] é um encontro com a civilização”. Foi dessa maneira que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, recepcionou os dirigentes das Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica na reunião desta quinta-feira, em Brasília. O ministro da Educação, Camilo Santana, e reitores e reitoras das universidades também estiveram no encontro, que foi realizado no Palácio do Planalto.

Esse foi o primeiro contato do terceiro governo de Lula com os gestores, que teve como temática “Diálogo com reitores e reitoras sobre as novas perspectivas do Ensino Superior do país”, iniciando uma nova fase na relação entre o poder Executivo e as instituições federais de ensino superior do Brasil. “Nenhum país conseguiu se desenvolver sem resolver a formação do seu povo. Eu sei do obscurantismo que vocês viveram nos últimos quatro anos. Estamos saindo das trevas para voltar a luminosidade de um novo tempo”, afirmou o presidente em seu discurso.

Lula ainda frisou aos presentes que a Educação será uma das prioridades de seu mandato e garantiu que mais encontros como o desta quinta-feira irão ocorrer para que o governo, ao lado dos reitores e reitoras, possa dialogar sobre o futuro da educação brasileira. A sinalização foi vista com otimismo pelos dirigentes ligados ao Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (Conif).

O presidente da entidade, Claudio Alex Jorge da Rocha, aproveitou sua fala na reunião e reforçou aos presentes que “nos últimos anos as instituições foram duramente atacadas, sofrendo inúmeros revezes e obstáculos, principalmente, em seu orçamento e em sua autonomia. Desinvestimentos, cortes e tentativas de limitar a autonomia e os processos democráticos nas instituições também foram alguns dos desafios enfrentados”.

Em uma fala bastante sensível, a reitora do Instituto Federal de Brasília (IFB), Luciana Massukado, ressaltou que os Institutos Federais são uma grande política pública. “Ao criar os Institutos Federais o senhor nos deu uma nobre missão que é a transformação social. O senhor sabe, o senhor vê e o senhor sente que onde há um campus de Instituto Federal há esperança. Há oportunidade de mudança de vidas e realidades. Há melhoria da autoestima daquele território, porque muitas vezes, um campus de IF é o melhor equipamento público daquela cidade”, afirmou.

Para o Jefferson Manhães, reitor do Instituto Federal Fluminense, as instituições da Rede Federal ainda estão “distantes do que poderia ser considerado razoável para atender, não só as expectativas de nossas juventudes e trabalhadores”, principalmente quando levado em consideração os indicadores de outros países. Diante disse, o conselheiro do Conif foi enfático ao defender a internacionalização das instituições como política de desenvolvimento do país.

“Temos mais do que nunca, consciência de nossa importância e responsabilidade, para o desenvolvimento do país, formando profissionais cidadãos éticos, preparados para atuarem no mundo do trabalho, principalmente após tudo isso que vivemos nos últimos anos, que agravou uma crise social e, tristemente estamos vendo nossos estudantes evadirem por questões como não poderem escolher estudar ou terem que trabalhar ou terem que pagar contas ou se quer terem opção de um transporte escolar para ir e vir a escola”, completou a reitora do Instituto Federal do Sertão Pernambucano (IFSertãoPE), Maria Leopoldina Veras Camelo.

Diálogo e reconstrução

A reunião desta quinta-feira também foi um importante passo para a retomada de pautas que foram colocadas de lado nos últimos anos, como apontou o presidente do Conif. “O incentivo à inovação e empreendedorismo, a valorização do tripé ensino, pesquisa e extensão e a formação de professores e a valorização dos profissionais da educação, de maneira a alavancar a educação básica, elevando a qualidade da educação pública, são pontos importantes que o MEC precisa cuidar”, disse Cláudio Alex, que também é reitor do instituto Federal do Pará (IFPA).

 

Assessoria de Comunicação do Conif

Texto: Marcus Fogaça

Foto: Ricardo Stuckert/Presidência